2012-09-17

Luzia


Tão jovem. Tão linda. Tão cedo.
Até neste momento ainda com algo de deslumbrante.
Ele, ali em pé, o extremo oposto.
Os anos o pouparam muito pouco.
Ninguém entendeu quando se casaram.

Mas ninguém sabia deles juntos,
Dos lugares que amaram.
De como ele a fazia rir.
De tudo que gostavam na cama.
E dos sonhos que trocavam depois.

Não que fosse um sacrifício pelo desejo.
Ou que não fosse sem dificuldades.
Mas se um futuro tivesse chegado
Só serviria se fosse para eles.

Ele nunca se importou com fofocas,
Mas hoje todo mundo entendeu
As lagrimas lentas explicavam:
Ele a amou pra sempre.