Voce me ama ?
Apesar da dolorosa curva de aprendizado da álgebra, ela não é a pior parte da equação.
O mais agoniante é que a resposta já está lá, inerte e zombeteira enquanto voce se afunda pelas pautas. Na vida funciona parecido, mas perguntas costumam ser um pouco mais complicadas que o valor de X, tendo suas variáveis substituidas por experiências pessoais, cultura, fé e outros valores igualmente precisos.
A afirmação de que o segredo está em encontrar as perguntas corretas, apesar de não ter a fama da relatividade, é minha linha favorita de Einstein. Essa idéia, longe de ser original, vem desde Lavoisier até os irmãos Wachowski , mostrando ao Neo que todas as suas escolhas estavam tomadas, so lhe cabendo entendê-las.
O perigoso é que, exterminando a coincidência ferimos gravemente a invenção, a criatividade e temos uma percepção um tanto diferente da nossa realidade.
Podemos nos ver apenas como uma mente "Tabula Rasa" seguida por uma cadeia complexa de
acontecimentos, nos transformando em seres tão previsíveis quanto a localização da próxima gota de chuva.
Se nascemos livres de conceitos, o que acredito ser verdade, nossa única fonte de transformação são as experiencias que conseguimos perceber através da combinação dos nossos cinco limitados sentidos.
Exceto por um detalhe.
O que aprendemos ao ver uma tela do Dali, assistir aos filmes do Kubric, andar de montanha russa ou até com estimulos mais primitivos, como sexo ? Existe algo maior nessa experiência que a combinação dos sentidos, algo confeccionado com cuidado exclusivamente para aquele momento em que tocamos nesse sexto sentido, que eu chamo amor.
Origem dos outros sentimentos, para não falar da própria existência, nosso amor é lapidado ao longo de tantas experiências únicas que fica muito mais dificil entender o que sentimos de verdade do que responder prontamente à nossa questão tema.
É.... quem ama, sempre mente.
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