2009-01-01

A Cura de Schopenhauer

É um pouco frustrante conhecer grandes filósofos por tradutores, que apresentam a obra sob sua convêniência. Entretanto, Schopenhauer + Yalom é mais que a soma das partes. Ao ocupar uma cadeira no grupo de terapia de Julius e me identificar cada um dos "companheiros sofredores", temos contato com uma filosofia profunda, porém viva e agradável.

Um dos impasses mais interessantes é o de Pam, entre o desapego como caminho para uma existência tranquila e o "chafurdar na lama" do cotidiano. Eu ainda penso na busca monástica como uma forma ainda mais profunda do apego que ela evita, um caminho que eu ainda gostaria de ver escrutinizado.

"Os escritos e idéias deixados em livro por homens como eu são meu maior prazer na vida. Sem livros, teria me desesperado há muito tempo"

Entretanto, é muito o que eu gostaria de debater com o interlocutor e seu tradutor. Pode ser esta a solução impasse do professor que, como um casamento, só é frutífero se puder ser abandonado.

Se meu julgamento tiver sido comprometido pelo excelente reveillon, que continue.

Kizuva!

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